sábado, 26 de janeiro de 2013

Que dizes?



Intrometida. Dentro do fundo do fosse que cavo com meus próprios olhos, afundo durante a noite. A lua de à dois meses já não entra pela janela iluminando o quarto gélido e desarrumado. Estarei eu realmente aqui? Porque é que cada vez mais encontro personagens que aparentam ser as mesmas de à três anos atrás. Tu não aparentas ninguém. Aliás aparentas. Irei eu inventar demasiadas histórias? Que.. até já nem sei distinguir do real. Afundo-me.
Metida. Dentro da minha alma, alma ou mente (?) aí cavo o túmulo para cada meu desespero. Será minha felicidade o meu desespero? Cada dia um desespero. Darei um passo para que veja melhor o transtorno da alma morta que carrego. Darei outro para inventar mais uma alma na minha vida. 
Remexendo-me, distinguindo-me, será tudo isto mais outra fantasia que invento em minha cabeça tal como as histórias que escrevo e conto para mim mesma à noite? Serás tu um outro apaixonado? Serás tu, a minha invenção para desistir?


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

É bom por uns momentos sentir um alívio.


Alexei! Tinha saudades tuas, e da primeira vez que nos encontramos.. Lembro-me das nossas primeiras palavras envergonhadas entre sorrisos e interrogações, como quando as folhas caem no rio lá para baixo e fazem aquelas pequenas ondinhas. Por onde tinhas andado? Fugiste do meu ser por muito tempo e deixaste-me aqui navegada sozinha perdida nas minhas noites de insónia. Óh, só de me lembrar o quão terrível era o meu desagrado! Voltaste e não me pareces mudado, talvez eu um pouco mais crescida, talvez tu um pouco mais sonso. Tinha falta deste teu lado, óh que ser belo que surgiste, acompanhaste-me durante vários anos solitários.
Bem talvez agora pense, será que foste tu que me abandonaste? Ao pensar que eu já não te precisava? Ou será que fui eu, tão perdidinha, além de afastar os outros até a ti te repeli? Não! Não pode! Sempre te esperei, sempre me faltaste... Se tiver sido eu perdoa-me! Porque tu e esse teu pequeno sorrisinho, óh como te guardo aqui no meu ser, quantas histórias não deliciei-me eu a contar-me sobre ti? Como te esperava, estas tão belo, enches-me a alma! Tinha saudades em que me acompanhasses os pensamentos e pegasses cada letra e depois trocasses e baralhasses, como sempre o fizeste.
Bem bem, até tremo, que anseio, olá meu Alexei, não me deixes cair nesta queda de 30 metros, tenho medo sabes?