sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Só, somente só

estou desenlaçada em dois precipícios da minha alma. como? como me posso não querer me propor perante ti? Oh meu amor, nunca em nada tentei errar, nunca em tudo acertei. Mas como sair de um beco se a ti não te terei? Estou degradada, desterrada no meio da podridão que me lançaram, tu não sabes, como podes ou poderias saber? Não sabes, mas ouve-me, e olha-me. Não negues um olhar meu. Aclamo a tua ajuda. Mas como tu sabes ou poderias saber? Se não te falo? Se não te mostro. Querer-te-ia só por mais um momento, um segundo, milésimos, um dia, só mais uma vez, só mais um bocado, só mais umas horas no banco ao entardecer. Só mais isso.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

não quero ir, esta tudo errado

Tou morta. Matei-me, a mim e mais outra pessoa. Matei duas pessoas esta noite.
Não há volta a dar? Por favor, daremos mais uma volta, mais uma.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Perplexidade

Me sinto mergulhada num esquecimento, que por outra hora seria uma maresia de ansiedade. Não sei por onde andas, ou por onde viras.
Sinceramente nem sei o quão rápido ou longo foi o mergulho para agora estar tão longe de ti. Sabes? Ainda te lembro por várias vezes, mas outras ficam lá e nada vale sabes. Que ruína, que vale, dizem que o amor perdura por dois anos. O meu incontestavelmente ficará preso por entre as ranhuras da minha alma.
Não queria que fosses. 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Eueueueueuue

Lá ao longe, mas bem ao longe, mesmo lá ao longe ainda te vejo, e por momentos ainda te sinto. Tem tudo andado tão agitado por esses teus lados, por estes meus lados. Alexei foi-se novamente embora, deixou-me a tlintar com os dentes na língua. Novamente aqui já nem vejo de dentro nem de fora.
E tu novamente horrorizas em drama místico. Parece ter-me desistido, lá ao longe ainda te sinto.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Dentro de mim, após tanto tempo fora.

Não sei como sobre os olhares de outros sou vista. Não sei como sentem-se a meu lado.  Apenas tenho o meu ponto de vista, e o ponto de vista dela.
Nunca um tão pequeno dia me tinha posto em folhas de olivias rasgadas pelo chão. Não entendo que se passa, sei que se passa, e mesmo assim contenho-me como sempre nesta compressão que a caixa de maneira onde me meteram é. Se calhar espero que todo o dia seja melhor que o dia seguinte de hoje. Mas nunca um pequeno dia me fez esconder tanto entre as brumas dos cobertores como hoje, ontem (?).
Mas acho que ninguém me entende quando digo que quero mesmo ir para longe, nunca tanto me apeteceu correr para não voltar, gritar para não ter voz para falar nunca mais, escrever até me tornar numa letra nova, voar para desacreditar naquilo que vejo, só mais um, apenas mais um que fica pela alma.

domingo, 3 de março de 2013

IV V VI VII última parte

Roubaram-me o amor, todo o amor me roubaram.
Ela que tão nova e bela caminhava, tão poderosa de si, tão certa da sua cabeça. Roubaram-lhe o amor.
Todo o amor que ela amava, pela gota de suor, pela mágoa manhã sozinha, pela saudade (boa) lhe roubaram esse amor. Amor, que agora é simplesmente retratado como algo comum e lamechas. Quem diz que não precisa de amor? Ela pensa. Amor, que por tantas vezes retratado se tornou simples demais. Amor, que agora é lavado estragado, sobrevalorizado.
Amor pelo canto daquela estrelinha estar incorrectamente mal-feito, amor pela tonalidade a que é dita a palavra. Amor ao toque na pele flácida e arrepiada.
Amor à letra, e à unha enraizada na carne da mão.
Roubaram-lhe esse amor, pois como? Como tiraram dela tudo aquilo a que esperou? Amor a tudo, até o tudo amante lhe roubaram. Amor à tristeza, amor a nada, até esse lhe tiraram.
Está vazia, nem amor ao ódio o tem, não há.



Roubaste e fugiste, sem ela!