Não sei como sobre os olhares de outros sou vista. Não sei
como sentem-se a meu lado. Apenas tenho
o meu ponto de vista, e o ponto de vista dela.
Nunca um tão pequeno dia me tinha posto em folhas de olivias
rasgadas pelo chão. Não entendo que se passa, sei que se passa, e mesmo assim
contenho-me como sempre nesta compressão que a caixa de maneira onde me meteram
é. Se calhar espero que todo o dia seja melhor que o dia seguinte de hoje. Mas
nunca um pequeno dia me fez esconder tanto entre as brumas dos cobertores como
hoje, ontem (?).
Mas acho que ninguém me entende quando digo que quero mesmo
ir para longe, nunca tanto me apeteceu correr para não voltar, gritar para não
ter voz para falar nunca mais, escrever até me tornar numa letra nova, voar para desacreditar naquilo que vejo, só mais
um, apenas mais um que fica pela alma.