domingo, 6 de maio de 2012

Transgrede-te.

 

E muito me revolta, e muito não me deslarga, e é porque acordo com isso, e adormeço com isso e vivo com isso. E quando olho à volta apetece-me enfiar-me num buraco. Óh tira, óh sai, vai-te, muda-te. Eu mudo-te. Alguém muda-te, alguém há-de te ajudar. Óh, és tão mesquinha. tão falsa, enganaste-me, enganas-me, enganas todos, e se tudo aquilo que achamos correcto estiver tudo errado? É que até aquilo que acreditamos faz parte dela. Óh cuidado que ela engana-nos! Ela chama-nos, ela mente-nos, óh mas ela revolta-nos, chateia-nos. Óh quem te criou? Nós mesmos, óh tu tornaste-te numa só, dependente de ti, estás grande, como cresceste. Como anos passaram e parece que não envelheceste. Seduzes tudo, seduzes o olhar dos inocentes, como a mulher da vida na esquina das ruas do Porto. Óh tu vens com promessas de vida boa, precaussos de "vida má". Não te vais, sempre ficas. Vai-te, roda, muda. Encontra alguém que te muda, ou vem ao meu encontro, e eu mudo-te, eu não te amo, eu odeio-te, mas sei fingir. Podes vir eu desfaço-te se puder, vem que eu mato-te.